terça-feira, 19 de julho de 2011

Pollyanna - ELEANOR um H.arry PORTER na minha vida Men!


Parece que estamos vivendo em um mundo em que o proveito Pessoal é mais valorizado do que o benefício Coletivo, esquecendo que antes de sermos UM somos a soma do TODO.

Por isso quis começar o ano de 2010 com a Resenha de um livro que pudesse mudar o modo de encarar a vida de quem o lesse do mesmo modo que mudou a minha quando eu o li, confesso que a muito tempo atrás, na minha adolescência.

Pollyanna é uma garotinha cuja mãe é proveniente de uma rica e tradicional família da sociedade americana do início do século XX, e que foi prometida a um dos mais ricos fazendeiros da região, que possui muitas terras e muitas posses apesar de ser muito mais velho do que ela.

Sua família não entende quando ela se apaixona por um pobre Missionário que tem como única riqueza seu caráter e os sonhos Quixotescos de tornar esse mundo melhor. Eles não conseguem compreender como ela pode pensar em trocar um homem rico por um pobretão! 

Ele é velho? E daí? O dinheiro esquenta os pés frios e acalenta com um teto quente nas noites longas de inverno e o Amor não enche a barriga de ninguém!

Por isso quando ela faz sua escolha pelo Amor, à família a deserda, e a risca do mapa por ela fugir com o jovem Missionário e abandona TUDO o que possui: família, riqueza, posses, uma vida confortável, amizades... Tudo para viver esse grande amor. 

A jovem Dama e o Missionário idealista vivem na mais extrema pobreza, mas o amor que os une é tão forte e tão grande que supera toda e qualquer dificuldade que possa surgir.

Pollyanna é a filha mais velha desse amor e sempre passou grandes dificuldades financeiras, mais sempre foi cercada de muito amor, carinho e compreensão.  Outros filhos chegaram mais devido as dificuldades os bebês não sobreviveram e infelizmente também se foram e acaba restando somente ela, a mãe e o pai.

Sua mãe sempre lhe contava os bons tempos vividos na mansão da família através de lembranças amorosas, pois nunca guardou rancor por ter sido rechaçada do seio da sua família por ter optado por viver um grande e verdadeiro amor com seu Missionário, tanto que o nome Pollyanna foi escolhido em homenagem as suas irmãs Polly e Anna.

 A vida de Pollyanna vira de cabeça para baixo quando sua mãe também é acometida por uma grave doença e vem a falecer, e ela agora só pode contar com o seu jovem e amoroso pai.  

Quando o Missionário se vê sozinho para criar a filha, ele conta com o apoio das damas da sociedade, e algumas por amor e outras por devoção aos bons costumes e em nome da caridade o auxiliaram na educação da sua adorada filhinha.

O que podemos dizer de Pollyanna???

Acho que o adjetivo que mais se adéqua a ela é o fato de ser uma garotinha EXTRAORDINÁRIA, surpreendente, criativa, única, bondosa, amorosa e com uma fé inabalável no ser humano, pois desde cedo seu pai a fez enfrentar as adversidades que a vida lhe apresentava com um otimismo muitas vezes doloroso de encarar a sua dura realidade!

Ela nunca teve uma boneca e seu sonho era ter uma, e como eram extremamente pobres vivendo da caridade alheia, seus sonhos só eram alcançados com as doações de coisas velhas e caquéticas que ninguém queria mais e que muitas vezes nem prestavam mais para qualquer coisa, nem mesmo para doação. E ao verificarem o Baú das doações, a procura de uma boneca só encontra um par de muletinhas velhas e imediatamente Pollyanna começa a chorar de decepção.

 Nesse momento sabiamente, ou devo dizer dolorosamente seu pai inicia o Jogo do Contente que consiste em ver o lado positivo da mais adversa situação que a vida nos oferecer, e pede para que ela procure o lado positivo por ter recebido as muletinhas.

Mas papai, eu queria a boneca e não as muletinhas, eu não consigo ver o lado positivo de ter recebido elas ao invés do que eu tanto queria!

Pollyanna minha Filhinha, o Jogo do Contente consiste justamente disso: quanto mais difícil ele for de jogar mais satisfatório ele será quando conseguirmos fazê-lo!

Quanto as Muletinhas fique FELIZ ao pensar que você NÃO precisa delas, esse não é motivo mais do que suficiente para você estar feliz?!?

E aos 11 anos seu pai também vem a falecer e Pollyanna é encaminhada para viver com sua Tia Polly, que é a sua única parenta viva, é irmã de sua mãe e vive na mansão da família. Uma tia que não a quer, mas que só a aceita porque isso é o que a sociedade espera de uma Dama como ela, ou seja, ela tem o DEVER de criar a filha da sua ingrata irmã, não o AMOR.

Apesar de tantos quartos vazios espalhados por toda a mansão, Miss Polly a coloca no quartinho usado como depósito no sótão que é o lugar mais sufocante, quente, depressivo, pobre e horrível que poderia ter.

Com a chegada da Extraordinária Pollyanna, Miss Polly tem sua monótona e regrada vidinha virada de pernas pro ar, inclusive o médico receita para os seus pacientes com solidão e melancolia crônica em fase terminal uma dose diária de Pollyanna três vezes ao dia.

 Todas as pessoas com as quais ela tem contato só podem dizer uma coisa, incluo entre essas as que lêem sua estória e por isso me incluo também nesse rol:

Sua vida pode ser dividida em duas fases:
AP (Antes de Pollyanna) e DP (Depois de Pollyanna)

Confesso que esse livro mudou tudo o que eu era e é um dos grandes responsáveis pelo que me tornei e como passei a encarar a vida. Sempre tive uma visão positiva do mundo, mas como todo ser humano às vezes me via reclamando por nada, Pollyanna conseguiu transformar a mim e a todos que o lêem!

Durante um ano, uma vez por semana, eu li para os meus aluninhos da 6º série o livro da Pollyanna, fizemos um livrinho com as características de cada personagem e o que eles gostaram ou não da story. Enquanto lia fazia diferentes vozes para cada personagem. Um dia dando uma bela de uma bronca neles, um soltou a seguinte pérola do cancioneiro popular... 

— Ai credo professora! A Boattini está com a voz da Tia Polly!

Como sempre gostei de saber em que ano foi escrita a story, a primeira coisa que fiz foi informa-los da data de tal publicação e do quanto, apesar de ser do século passado, ela era atual. Um dia Bruno, um dos aluninhos, me disse...

Professora a senhora está ensinando errado sobre a story da Pollyanna! Eu logicamente perguntei o por que!


A senhora disse que o livro foi escrito em 1912, na realidade a autora fez tirinhas semanais no jornal e em 1912 ela compilou todas elas num livro! Isso mesmo gente, ele disse compilou!

Cumê??? E como você sabe tudo isso???

Uê... Eu pesquisei na Internet, além de ter visto como a Pollyanna é loirinha e cheia de sardinhas! Eu vi a foto dela ela é linnnda!

Sinceramente eu não sabia se ria ou se chorava, fiquei impressionada com o seu empenho e a curiosidade de buscar e desvendar a respeito da verdadeira story da Pollyanna, além da sua inocência em acreditar que a menina da capa era realmente a verdadeira Pollyanna! Pedi para ele me mostrar a foto de tão curiosa que fiquei para saber qual era a imagem que ele tinha associava a ela (que é essa capa do livro).

A estória da Pollyanna mostra que devemos deixar de lado nossas diferenças e, ao invés disso, procurar fazer a DIFERENÇA na vida dos que nos cercam do mesmo modo que a Pollyanna fez na vida de todos os que leram a sua adorável e comovente story! Se ela conseguiu mudou o modo de ver a vida dos meus queridos aluninhos, por que não haveria de mudar a sua também?

Adriana será que já não está na hora de todos deixarem as Mesquinharias, as atitudes Sórdidas, os 7 Pecados Capitais e as Rixas de lado em prol de um bem maior? Que 2010 traga a LUZ da sabedoria a todos NÓS Boattini

5 comentários:

  1. Adriana, também li Pollyana quando jovem, e a continuação Pollyana Moça. Os livros me cativaram.
    Um grande abraço.

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  2. Eliana, também li esse livro quando jovem, ele me impressionou tanto que quando resolvi ler alguma coisa para os meus alunos foi nele que pensei! Ele nos dá uma lição de vida!

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  3. adri, eu também li esse livro quando eu era mais nova, e te confesso que, apesar de na epoca, ter achado ele meio "chatinho", hoje eu percebo quantas coisas eu trouxe pra minha vida desta historia... também sou extremamente positiva, e sempre vejo o lado bom das coisas... bjs, ni

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  4. Niandra... Esse é um dos livros de cabeceira da Adriana, posso dizer que com sua atitude sempre positiva de ver o mundo mesmo na pior adversidade, Pollyanna conquistou de vez o posto e é "O" cara na vida da Boattini Men!

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  5. pois é, ele não é meu livro de cabeceira... mas eu tenho ele, passei pra minhas sobrinhas, e aprendi tanto com essa história... ser positivo e ter fé, paciencia pra esperar as dificuldades passarem, enfim, acho que mudou um pouco minha vida... e incrivel, como a persepção das coisas é relativa... vejo o copo sempre meio cheio... bjs, ni

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