quarta-feira, 20 de julho de 2011

Fernão Capelo Gaivota – RICHARD um BACH no meu Cuore!


Ano Novo... Objetivo Novo ... Desejo Novo... Esperança Nova... EU di Novo! Quis começar o ano com um livro que nos fizesse ver que apenas mudando o modo de olhar o mundo sendo mais solidário, amoroso, responsável consigo e com tudo o que cativas podemos fazer a diferença.

Sendo mais humano e menos cego com as necessidades dos outros, menos egoísta e indiferente com as mazelas alheias, podemos transformar a nós e a quem nos cerca, nos acompanha e porque não transformar o Mundo?

Fernão Capelo é uma Gaivota e como tal o bando espera que não só ele haja como faça o que todos esperam do comportamento de uma Gaivota normal, esse comportamento é ditado para suprir as mais simples e básica das necessidades...

As Gaivotas voam para poder comer, comem para sobreviver, sobrevivem se protegendo e andando em bandos, se protegem fazendo tudo sempre igual e sem fugir do padrão.

Elas não fazem nada que fuja do normal, do comum ou do esperado com medo de criticas e de serm consideradas diferentes do resto, eles não suportam a idéia de ter um dedo apontado em sua direção ditado pelo sabor da discriminação.

Todo dia Fernão Capelo acorda com o desejo incontrolável de alçar novos vôos, avistar novos horizontes, atingir novos objetivos, desbravar novas diretrizes, ousar novos rumos.

Ele é uma pária da sociedade, pois foge a regra de não agir da maneira simples e cordata como deve ser o comportamento de uma simples Gaivota que voa para comer e come para sobreviver, ele não, pois ele quer simplesmente voar por prazer e, principalmente, com sua sede infinita pra aprender.

O lema das Gaivotas é nunca errar ou se atrapalhar, pois elas nunca ousam com medo de cair no ridículo e ser motivo de riso e de vergonha para todo o bando, mas não Fernão Capelo que tem como único objetivo aprender como alçar novos vôos voando para novas diretrizes, desbravar novos horizontes içando novos aprendizados.

Todos os dias ele acorda obcecado sempre querendo saber mais e mais, voando alto ele vai pensando... Além do horizonte deve ter algum lugar bonito pra viver em paz, onde eu possa encontrar a natureza, alegria e felicidade com certeza...

 Seu objetivo de vida é desvendar novos caminhos descobrindo como aperfeiçoar os novos horizontes, nessa sede incansável de saber, ele acaba se esquecendo até de comer, pois esse aprendizado lhe dá um alimento muito melhor que é o alimento da alma... Lá nesse lugar o amanhecer é lindo com flores festejando mais um dia que vem vindo...

Mas não só Fernão Capelo é motivo de chacota do grupo, pois ao ter a sandice de afirma que nesse lugar... Onde a gente pode se deitar no campo, se amar na relva escutando o canto dos pássaros... ele é criticado, mas sem se importar ele não liga e continua em busca do saber.

Aproveitar à tarde sem pensar na vida, andar despreocupado sem saber a hora de voltar... Até sua querida mãe o questiona e critica por ele ser tão diferente...

— Por quê, Fernão, POR QUÊ? — perguntava-lhe a mãe. — Por que é que lhe custa tanto ser como o resto do bando? Por que você não deixa os vôos baixos para os pelicanos, para o albatroz? Por que não come? Filho, você está que é só pena e osso!

Em busca de novos aprendizados ele não tem medo de ousar...
— Não me importo de estar só pena e osso, mãe. Eu só quero saber o que posso fazer no ar e o que não posso, é tudo. Só quero saber isso... e tenta mostrar a ela que lá pode ser melhor, pois lá Fernão Capelo pode... Bronzear o corpo todo sem censura, gozar a liberdade de uma vida sem frescura...

Mas ao ser informado que se continuar desse jeito ele não conseguirá alcançar nenhum bem físico ou material, muito menos saciar sua fome carnal...

— Escute, Fernão — disse-lhe o pai com bondade. — O inverno não está longe.  Haverá poucos barcos e o peixe da superfície irá para zonas mais profundas. Se você tem necessidade de estudar, então estude o alimento e como consegui-lo. Esta história dos vôos está muito certa, mas você tem de pensar que não pode comer um vôo rasante. Não esqueça que a razão por que você voa é comer.

Ao ver que nem mesmo sua família compreende a sua busca por saber e a vontade imensa de aprender a fazer melhor o que ninguém pensou ou ousou fazer, Fernão Capelo joga a toalha no chão e desiste de seus sonhos e, desanimado, tenta ser como todo mundo e passa a comportar-se como uma simples Gaivota.

Até que sem encontrar a lógica ou o sentido de ter um comportamento tão sem noção, apenas porque foi ditado pelos mais velhos há anos e anos, ele desiste de tentar agir e de fazer parte da massa.

Isso não faz sentido, pensava ele largando deliberadamente uma anchova suculenta, que lhe custara bastante a ganhar, aos pés de uma velha gaivota esfomeada que o acossava.

—Não faz sentido... Eu podia ganhar todo este tempo aprendendo a voar. Há tanto que aprender!

Fernão Capelo toma então a grande decisão da sua vida... Se você não vem comigo, nada disso tem valor, de que vale o paraíso sem o amor... Vai  sozinho alçar novos vôos, pois Se você não vem comigo tudo isso vai ficar, no horizonte esperando por nós dois... e ele não quer esperar mais.

Sem jamais ousar desejar, Fernão Capelo alcançou um aprendizado que jamais sonhou nessa ou em outra vida qualquer, além de aprender ainda mais pelo muito que ele ainda iria ensinar! 

Esse livro foi à luz do farol que iluminou os olhos d’alma da Adriana há muito tempo atrás, ao mostrar que é necessário nortear e ousar quebrando os paradigmas e desafiando os dogmas para a Boattini ser feliz.

Nem sempre o caminho trilhado por todos é o melhor, talvez seja o mais cômodo, o mais confortável, o mais confiável, o mais seguro... Mais seguro para quem tem medo de descobri que Além do Horizonte existe um lugar bonito e tranqüilo pra gente se amar...

A Adriana não pode aceitar que a sociedade dite regras, costumes, hábitos, limitar nossos sonhos simplesmente por que dizem que tem que ser assim. Sempre acreditei que com Educação e Respeito tudo pode ser questionado, por isso a Boattini não tem medo de ousar e de desbravar novos caminhos para ser feliz.

A Adriana todos os dias ao acordar lembra que... Além do horizonte existe um lugar, bonito e tranqüilo pra gente se amar, pois Tudo vale à pena se a alma não é pequena. A partir de então o lema da vida da Boattini passou a ser...

São Paulo, Janeiro de 2011

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