Um Vizinho (gostoso) Infernal 1 - Jogando (comida) para Ganhar - R. L. "Morta di Fome" Mathewson

Durante toda sua vida, Coragem - por medo do confronto - deixou para trás assuntos mal resolvidos, agressões verbais, furtos ocasionais e conversas sem sentido, pois o que lhe falta é culhão para dar à cara a tapa. Ela não consegue escapar dessa sina, nem mesmo quando o assunto é sua “adorável” e “agradável” família. Os anos passam, os anos voam e ela continua cada vez mais covarde, deixando os outros fazerem o que querem da sua vida numa boa!

Sua vida piorou, e muito, quando há cinco anos ganhou um incômodo e irritante vizinho. Durante todo o tempo que Etíope mora ao seu lado, ela só teve Coragem de observá-lo por trás das cortinas, e após tantos anos dividindo o mesmo quintal, ela baba ensandecida por seu body 4x4 Off Road, cobiça suas pernas musculosas, delira com o seu peitoral definido e sonha com os gominhos do seu tanquinho. Apesar de desejar fervorosamente seu corpão varonil, não tem como não botar reparo no seu jeitão sem educação, mal educado, grosseiro, transgressor e tão morto di fome. 

Ele já invadiu seu jardim, transitou gloriosamente nú around your garden, jogou lixo no seu quintal, pegou “emprestado” suas coisas e até já fez sua vidraça de tiro ao alvo, fora quando ainda reúne a cambada de amigos para uma bebedeira da hora. Ela chega à conclusão que ele é o Men mais irascível, incivilizado, sem educação e mal educado que ela já teve o prazer de ver em toda a sua lazarenta vida!

Como desgraça pouca é bobagem, além de morarem lado-a-lado ambos ainda são professores na mesma escola, dividem a mesma cadeira acadêmica e desfrutam do mesmo material didático. O convívio profissional a fez ver, ainda mais de perto, sua desorganização latente, sua maloquerice pungente, sua indisciplina atroz e sua falta de respeito pela comida alheia, pois o Men é um tremendo de um Etíope, esfomeado, larápio, morto di fome di papel do Caráaaglio!

Cumé Adriana? Além de vizinhos eles ainda trabalham juntos? E mesmo assim ela não sabe nada sobre sua vida, conhece seus sonhos ou participa dos seus delírios? Se bobear os amigos da Boattini não só sabem de todos os detalhes sórdidos da vida da mina, como ainda conhecem todas as dívidas e mazelas. By the way, alguns até sabem sua senha e ainda emprestam dinheiro pra mina! Ahhh e ainda tem o telefone de sua família!

Ela sempre tão apática, não se contém e dá o seu grito de liberdade quando Etíope invade e ataca seu jardim, arrancando pela raiz suas idolatradas e preciosas tulipas. Pela primeira vez na vida, ela bota a boca no trombone e cria Coragem para mandá-lo pras cucuias Seal phodendo de verde e amarelo, mas ao ver que ele a ignora e não dá bolas para suas chorumelas, parte para o ataque...

—Ohhh vizinho desgracento e mal educado! Sai agora mesmo, right now, do meu precioso e maravilhoso jardim que ele não te pertence, seu filadaputa lazarento!

—Tô nem ai! Tô nem ai! Pode ficar no seu mundinho que eu não tô nem aí!

—Tá surdo? Já falei pra parar de arrancar as minhas flores Caráaaaglio!

—Tô nem ai! Tô nem ai! Não vem falar dos seus problemas que eu não vou nem ouvir!

—Quem avisa amigo é! Tu quer guerra? Depois não diga que eu não avisei... Olha a faaaaaaca! Ahhh antes que me esqueça: vai tomar bem no meio do olho do seu Cú...Eeeeca seu lazarento filadaputa!

Já com os pacovas na lua ela parte para o ataque, e eles caem no mano-a-mano se engalfinhando rolando na grama e na lama. Imediatamente são atacados pelos moradores desse jardim paradisíaco, o que os obriga a buscar refúgio na casa de Coragem, para não serem picados e comidos vivos. Nisso, se veem obrigados a ficar trancafiados por horas e horas a fio, até a cavalaria chegar.

Ele até que a considera uma mina gostosa e interessante pero mutcho tímida, acanhada e recatada, um verdadeiro bicho do mato, mas de repente ao ficarem presos no mesmo recinto, ele se depara com uma moglie cheia de Coragem, espirituosa, divertida e com uma personalidade borbulhante, que além de tudo ainda é uma cozinheira de mão cheia, o que enche de prazer o seu faminto e incontrolável estômago Etíope e morto di fome.

A partir de então, ela se vê obrigada a comprar comida extra na escola todos os dias, para não ficar sem ter o que comer, pois ele descaradamente “pega” emprestado sua comida do prato sem pedir. O pior é que eles nem são íntimos muito menos amigos, pois mal trocam meia dúzia de palavras durante o expediente escolar. Mesmo assim - ousado - ele furta, extravia e surrupia o lanche da sua bandeja durante o recreio, apesar de suas inúmeras reclamações. Ela pede, ops roga para ele parar com isso...

—Pó mermão! Larga mão de ser tão esfomeado, Etíope e morto di fome! Tu tá parecendo uma draga! Vai comprar sua própria comida! Afinal nem ti conheço, muito menos somos amigos! Por isso vos pergunto... Onde? Onde? Onde tu soca tanta comida nesse corpitcho enxuto, musculoso e tão em cima?

—Mermã don’t worry, que nesse corpão gostosão as gordurinhas não farão uso capião! Vou te contar um segredinho: Não parece, mas o mano aqui está em fase de crescimento!

—Puuutaaa Quuuueuuu Paaariuuu fala sério! Fase de crescimento depois dos 30? Ohhh Balzaquiano esfomeado, faminto, saco sem fundo, sem educação, ladrão meliante e Etíope morto di fome do Caráaaglio!

—Senhores passageiros um minutinho da sua atenção, por favor... Eu podia estar roubando! Eu podia estar matando! Eu podia até estar me prostituindo, mais não! Humildemente eu estou aqui cheio de Coragem furtando, ops pegando, ops pedindo uma doação de sua deliciosa comida! Uma esmolinha pelo amor di Deus! Uma esmolinha Men por caridade!

Sem escapatória, Coragem passa a ser sua “traficante” gastronômica, sua muambeira particular com seus viciantes brownies de chocolate. E quando ela guarda suas guloseimas na gaveta, para comer mais tarde ou para dar a outros amigos, percebe que Etíope já passou por lá morto di fome, e arrombou seu armário na cara dura a fim de comer, lambendo os beiços, seus quitutes delícia! O Men fica feliz like a pinto no lixo!

Pelo amor di Deus Adriana, que Men mais sem educação! Confesso que só de ver o quanto esse mano é Etíope e morto di fome - apesar de gostosão, tudibom, Oh Que Delícia - a Boattini admite que não teria Coragem de pegar esse trenzinho caipira, muito menos gostaria de ter esse Men no seu rol de amigos, quanto mais tê-lo como namorado, amante ou marido! Nem Seal phodendo gostoso Men!

Eu nunca, nunca, NUNCA daria conta de pagar a conta do supermercado! Era bem capaz de Nóis morrer di fome, uma vez que o mano comeria tudo o que tivesse na dispensa sem pensar no amanhã. Como diz a mãe da Adriana... É mais fácil sustentar burro a pão-de-ló! 

Fora a vergonha que a Boattini teria numa festa com amigos, onde o mermão Etíope devoraria morto di fome todas as coxinhas, risoles e empadinhas da festa! Nem morta eu passaria por essa vergonha e por todo esse constrangimento! Ixalá!

Após serem obrigados a passar a noite dividindo a mesma cama. Dormir juntos passa a ser o vínculo que os une, e a partir daí o vício os impede de dormir, cochilar ou mesmo descansar sozinhos, a não ser que seja um nos braços do outro, dormindo agarradinhos feito conchinhas!

Eles até prometem que esse será o último dia e que será só por hoje, mas como verdadeiros nóias drogados viciados, quando menos se espera, lá se foram dois meses dormindo di conchinha sem que nada aconteça, nem mesmo uma bitoca ou tiram uma casquinha!

Mermã repitam comigo... Paaaaaaaaaaaaapeeeeeeeeeeeel!

A amizade que surge entre Coragem e Morto di Fome é tão única, especial e companheira, que ambos ponderam se vale a pena estragá-la por uma phoda bem feita. Eles têm medo do ditado se concretizar... “Um amigo pode se tornar um Amante, mas um Amante não pode se tornar um Amigo”. E pensando nisso, chegam à conclusão que é melhor deixar o desejo latente, e sufocar a vontade pungente de Seal phodê dando um duplo mortal twist carpado, em prol da bela amizade que os une!

Quando finalmente partem para o ataque, o que não falta é bolinação e esfrega-esfrega. Os orgasmos múltiplos são ocasionados por “aquilo” na mão, a mão “naquilo”. A boca na caverna, a língua “naquilo”. As mãos “nas partes”, “as partes” se esfregando “naquilo”. E entre “aquilo” “naquilo” cutucando “as partes” e bolinando “naquilo”, o duplo mortal vai ficando carpado but nothing happening e neca di pitibiriba da ocupação do sem terra ou o uso capião de uma phoda supimpa! 

Resumindo... Eles ficam nos entre tantos e não partem para o abraço dos finalmentes, ou seja,  every single night eles batem na porta, tocam a campainha e, quando a porta da esperança vai se abrir, eles saem correndo! É phoda, ops é falta de phoda Men!

O livrinho é hilário e muito, muito, muito divertido tal as trapalhadas que ele faz para roubar, furtar ou simplesmente surrupiar qualquer tipo de alimento que, rapidamente joga pra dentro! Ele é tão Etíope, sem educação e morto di fome, que chega a ser tragicômico o seu desespero para conseguir comida, inclusive sai no braço com seu melhor amigo por causa de um brownie e esconde comida do próprio pai, que também é outro Somaliano faminto!

Quando eles são convidados para um churrasco, ela faz vários quitutes e cria Coragem pra camuflar a comida. Durante o trajeto, ele come tudo o que está à vista dentro do carro feito uma draga, e ainda fica bravo ao saber que ela “escondeu” comida no porta-malas, o que o faz sair correndo para que ninguém belisque seus preciosos petiscos! É a treva da vergonha esfomeada sem fim! O Men é um verdadeiro Etíope morto di fome do Caráaaglio! Por mais que me esforce, não consigo imaginar um Men like this na lazarenta vida da Adriana. 

Definitivamente, esse é o primeiro Hominho di Papel delicioso e bem humorado que eu adoro, mas passo a vez por ser tão Etíope. Não consigo imaginar, di jeito maneira, as crias e os filhos que esse neanderthal iria gerar na pobre e educada Boattini, pois reza a lenda que... Filho de peixe - peixinho é! E só de imaginar fico com urticárias! Confesso que não teria Coragem ou estômago de fazer parte dessa fita tão sem educação e morto di fome! Arghhhhh tô fora Men!